A Igreja une em uma só solenidade a memória dos
Apóstolos Pedro e Paulo. O que os une é a missão comum de evangelizar até os
confins do mundo, sendo testemunhas de Cristo até a morte na mesma cidade de
Roma.
Pedro, o Apóstolo escolhido por Jesus para ser a
rocha, isto é, o sinal da firmeza na fé e da unidade no ensinamento, foi de
maneira especial preparado para dirigir a Igreja após a ausência física de
Cristo. Sobre Pedro é colocada a missão de ser guia da Igreja, continuadora da
obra de salvação até o fim dos tempos.
Paulo, perseguidor convertido, é pregador incansável
da única verdade que é Cristo. Encontra-se com Pedro pelo menos duas vezes,
reconhecendo nele a missão de ser guia da Igreja, representante autorizado de
Cristo.
O que faz destes dois Apóstolos colunas da Igreja
não é nenhum mérito pessoal. Ambos pecadores, um homem rude, outro soberbo
doutor, ambos, porém, tocados pela graça divina e feitos novos homens em vista
de uma missão sem a qual não seríamos hoje cristãos. A Igreja fundada por Jesus
Cristo foi colocada sob a responsabilidade de Pedro, mostrando que é Deus quem
age por meio dos seus escolhidos.
Por isso, Roma é, nas palavras de Santo Irineu: “a
maior e a mais antiga Igreja, conhecida por todos, ... fundada e constituída
pelos gloriosíssimos Apóstolos Pedro e Paulo”, e acrescenta: "Com esta Igreja, pela sua superioridade,
deve conciliar-se a Igreja universal, ou seja, os fiéis que estão em toda a
parte”. Nesta solenidade celebramos o dia do Papa, o bispo de Roma, sucessor de
São Pedro. Significa celebrar a bondade de Jesus, Bom Pastor, que não deixa suas
ovelhas descuidadas, mas deixa um guia seguro, sob a assistência do Espírito
Santo, que conduz à Verdade e ao caminho da salvação. Ouçamos o Papa, na
certeza de que é a doce voz de Cristo na terra.